ACM Neto já admite possibilidade de apoiar reeleição de Bolsonaro em 2022
5 de Fevereiro, 2021O que antes era apenas convera de bastidor está cada vez mais ganhando o centro do palco. ACM Neto já fala abertamente na possibilidade de apoiar o presidente em sua tentativa de reeleição em 2022, embora ainda negue que haja uma afinidade entre seu grupo político, o DEM, e o bolsonarismo.
ACM, entretanto, condicionou esse apoio a um reposicionamento de Bolsonaro. “Não estaremos com os extremos. Você pergunta se eu descarto inteiramente a possibilidade de estar com Bolsonaro. Neste momento não posso fazer isso. Qual Bolsonaro vai ser? Os dos dois últimos anos que passaram? Não queremos. Agora, haverá um reposicionamento? Para a construção de algo mais amplo, que não fique limitado à direita? Não sei. Então, não posso responder agora”, disse à Folha de São Paulo.
Os sinais, entretanto, indicam que a união “BolsoNeto” está praticamente sacramentada. De acordo com a Folha de São Paulo, caciques do DEM já falam na possibilidade de que ACM Neto seja vice de Bolsonaro em 2022. Neto nega veementemente. O mais provável é que ele concorra ao cargo de governador da Bahia no próximo ano.
Ex-prefeito publica vídeo em redes sociais
“Quem me conhece, sabe quais são as minhas prioridades. Sabe que eu não serei candidato à vice-presidente da República nem de Bolsonaro, nem de nenhum outro candidato. Além disso, eu acho um absurdo que nesse momento se esteja tratando de políticos, de eleições de 2022”, disse ACM em gravação.
“A posição do Democratas, adotada desde 2018, depois da eleição do atual presidente da república, foi de independência, assim temos sido e assim continuaremos sendo. Não existe nenhum movimento neste momento de aproximação com a base do governo ou qualquer interesse de nos transformarmos em base do governo. Jamais aceitei discutir ou negociar cargos ou espaços. Não faço política desta forma”, declarou ACM nesta sexta.
Em seguida, ele completou que “é claro que as boas agendas, as agendas necessárias, terão o nosso apoio, como por exemplo na área econômica”. “Mas quando for preciso divergir, sempre teremos a liberdade”, afirmou.
“Como prefeito de Salvador, vocês acompanharam, eu muitas vezes critiquei a posição do governo federal em relação a pandemia. E assim vamos continuar procedendo, com independência e liberdade. Não vamos tratar de 2022 agora.”
Foto: Facebook/Coluna Política