Números mostram situação caótica da saúde em Salvador, por causa do coronavírus
17 de Fevereiro, 2021Por todos os relatos de autoridades estaduais e municipais, a situação do #coronavírus em Salvador é alarmante. Em 06 de fevereiro, 40 pessoas tinham morrido pela infecção na Bahia. Nesta terça-feira, 16, o número de óbitos saltou para 66. No auge da pandemia, no ano passado, 70 mortes diárias foram registradas no estado.
Já o número de pessoas que aguardavam leitos para internação no estado chegou a atingir 104 nos últimos dias, segundo o secretário estadual Fábio Vilas-Boas. Esse número costumava ficar em 30. “Hoje, 80 pessoas não conseguiram. Isso significa que 80 pessoas não são atendidas”, disse.
O secretário municipal, Leo Prates, confirma a piora do quadro. “Tem unidades hospitalares de Salvador que já estão 100% ocupadas, apesar da taxa geral ser menor, em torno de 75%. Nós regulamos no sábado, junto com o governo do estado, 54 pessoas. Ontem (na segunda, 15) foram 48. Mas no auge da pandemia eram 60″.
O CORREIO foi até a UPA dos Barris e do Pau Miúdo e constatou a grande fila de espera, doentes que chegavam a todo momento e profissionais sobrecarregados. Nos Barris, por volta das 11h, a situação era a mais dramática. Do lado de fora do gripário, cerca de 50 pessoas aguardavam atendimento e os carros que traziam pacientes chegavam a causar um pouco de congestionamento na entrada.
“Ontem (na segunda, 15) me disseram que eu só seria atendido no final da tarde. Então fui embora e cheguei hoje 6h30 e até agora não consegui ser atendido. Eles alegam que tem pacientes graves que tem prioridade, mas é inadmissível ficar aqui durante 5h e não ser atendido”, disse um paciente à reportagem.
Coordenador médico do gripário do Pau Miúdo, Elmar Dourado tem observado o aumento no número de atendimentos. “Nossa média de atendimentos mensais era 1,1 mil pessoas, saltou para 4,1 mil em dezembro, 4,5 mil em janeiro e, agora em fevereiro, a expectativa é ultrapassar 5 mil”.
Do Correio
Foto: Facebook/Informativo da Bahia