Unidades de saúde de Salvador distribuem repelentes às gestantes
30 de Maio, 2024Fotos: Jefferson Peixoto/Secom PMS e Ângelo Pontes/Arquivo Secom PMS
Reportagem: Iann Jeliel e Priscila Machado/Secom PMS
Para proteger as gestantes das arboviroses – dengue, zika e chikungunya, a Prefeitura de Salvador realiza a distribuição de repelentes nas farmácias das Unidades de Saúde da Família. Para ter acesso ao produto, é necessário ter o acompanhamento de uma unidade de saúde da rede municipal. Desde a primeira consulta, a paciente já pode sair com o repelente.
“O médico do posto faz o primeiro atendimento da paciente gestante, e desde o momento em que ela entra na unidade, durante o acolhimento, o profissional prescreve o repelente e entrega a ela um cartão para a retirada do produto nos meses seguintes. Com esse cartão, ela não precisa renovar a receita. Todos os meses ela pode pegar a quantidade indicada, e o cartão serve de incentivo para isso”, explica Renata Barbosa, médica de Saúde da Família e técnica de referência da Rede Cegonha do Município.
Ela ressalta que toda gestante deve ser acompanhada pela rede municipal, independentemente de realizar pré-natal em unidades particulares ou em algum outro centro de saúde, pois, dessa maneira a paciente passa a ter acesso aos benefícios da Rede Cegonha. Basta ter o Cartão SUS do município e se dirigir a qualquer unidade, mesmo aquelas que não são de referência.
“A gestante é um grupo de risco para todas as arboviroses, dengue, zika e chikungunya. E a gente sabe que a prevenção mais eficaz é o uso do repelente. Essa é a proteção individual mais eficaz que a gente tem. Muitas pacientes gestantes podem evoluir para dengue grave, necessitar de internação e de transfusão, então a principal prevenção realmente é o repelente”, orienta.
O zika vírus é uma causa em potencial para o nascimento de crianças com microcefalia. Além disso, na gestante o risco de evolução da dengue é maior, devido à própria fisiologia da gestação. Renata explica que quando a mulher está grávida, o organismo funciona de forma diferente e responde de maneira mais grave às infecções, por isso a necessidade de dedicar maior cuidado à prevenção.
Distribuição – Com aproximadamente cinco meses de gestação, a administradora Érica Laís Pinho, de 35 anos, ficou feliz ao saber que teria direito a receber o repelente. “Desde a minha primeira consulta do pré-natal, eu fui orientada a usar o repelente todos os dias. Na última consulta que eu fiz, na Unidade de Saúde da Família do Candeal, no início desse mês, as enfermeiras e as assistentes me perguntaram se eu estava usando o produto. Quando informei que já estava acabando, emitiram a receita, o cartão e me deram os dois produtos de 200 ml e mais um spray. Eu achei maravilhoso e uso sempre”, contou.
Para ela, a distribuição é importante e necessária. “Eu adorei, porque muitas pessoas não têm condições. Ainda mais por que é um produto que devemos utilizar todos os dias, então acaba rápido. Agora no inverno, com as chuvas, aumenta a quantidade de mosquitos. Eu moro em uma área com presença de mato. Então é muito importante. O repelente é bom e o cheiro não incomoda”.
Acompanhamento – Até o final de abril deste ano, mais de 9 mil gestantes foram acompanhadas pelas Unidades de Saúde da Família de Salvador. Atualmente, o pré-natal está sendo realizado em 157 unidades de saúde de Salvador.
Por meio da Rede Cegonha, o Município tem feito várias ações voltadas para as futuras mamães, a exemplo da atuação no aumento da captação precoce das gestantes (até as 12 semanas) para o acompanhamento pré-natal, na prevenção das doenças que são as principais causadoras da mortalidade materna, na testagem e combate à sífilis congênita, inclusive por meio da administração de penicilina e na promoção de campanhas de vacinação, entre outras.