Elementos em fibra de vidro mudam cenário de espaços públicos em Salvador

Elementos em fibra de vidro mudam cenário de espaços públicos em Salvador

21 de Setembro, 2021 Não Por admin

Fotos: Otávio dos Santos/Secom

A Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal), vinculada à Secretaria de Manutenção (Seman), já produziu mais de 5 mil peças em fibra de vidro nos últimos anos. Estas peças são brinquedos infantis, partes de monumentos históricos e até mesmo dinossauros para o parque homônimo, inaugurado este ano pela Prefeitura, no Stiep, além de formas que servem para a produção de diversos elementos em concreto que são usados em praças e vias públicas da cidade.

O processo de criação dos dinossauros, que se tornou o trabalho de maior destaque do setor, envolveu pesquisa, desenho e elaboração de moldes em argila até chegar no modelo final. Atualmente a equipe está produzindo mais um animal que será levado para o local: um mosassauro.

No local já há um exemplar desta espécie, mas a ideia é que este mosassauro seja posicionado com outros menores, que ainda serão fabricados, para dar o efeito de bando. O exemplar está na fase final de produção, possui seis metros de extensão e deverá ser exposto em outubro próximo.

De acordo com o coordenador do setor de fibra da Desal, Jorge Alves, o trabalho como os dinossauros abriu caminho para desenvolver outros projetos, até mesmo em parceria com as demais secretarias e órgãos municipais. “É um material que sofre pouca ação do tempo, pois ela tem uma resistência mecânica muito boa e isso permite uma vida longa das peças. Este é apenas um dos pontos positivos de se usar. Ele tem um custo médio de compra, mas a longo prazo se torna vantajoso. As peças vandalizadas nas praças, por exemplo, nós trazemos para a Desal, recuperamos com baixo custo e devolvemos aos espaços públicos”, detalhou.

Trabalho minucioso – A fibra de vidro, elemento em estado líquido, permite que os profissionais do setor deem forma a uma infinidade de elementos. As demandas relacionadas à fibra demandam o empenho de diversos setores da companhia. Para a confecção dos dinossauros que estão disponíveis para apreciação no parque, por exemplo, trabalharam aproximadamente 20 profissionais. Cada peça requer um tempo diferente para ser confeccionada, já que o fator varia de acordo a dimensão da peça e com os detalhes, que normalmente são esculpidos artesanalmente.

Antônia Conceição integra a equipe de artistas plásticos que atua na produção dos itens em fibra de vidro. Ela afirma que tornar realidade as peças que são inseridas no cotidiano dos soteropolitanos torna o trabalho muito gratificante. “É uma arte colaborativa e exige dedicação e união. Aqui é meu mundo. Eu me entrego e levo isso para cada peça que trabalho. Quando vejo as pessoas admirando algum item que produzimos na rua, sinto uma satisfação enorme”, contou.

Artista plástica e restauradora, Paulla Bomfim também atua no setor de fibra e destaca como as peças produzidas pela Desal impactam os cidadãos. “É importante para a cidade não apenas culturalmente, mas também porque estes espaços ajudam na convivência, aproximam as pessoas. A arte na rua torna a cultura mais acessível, restaura lugares abandonados, desperta as pessoas para que se desenvolvam na arte”, pontuou.

Projetos – O setor está desenvolvendo projetos que ainda serão apresentados aos soteropolitanos, sempre com foco em praças e espaços públicos, a exemplo de novos brinquedos que serão incorporados aos Dog Parks. Para o presidente da Desal, Virgílio Daltro, o trabalho com a fibra vai permitir que Salvador se torne ainda mais atrativa para os cidadãos.

“Não ficamos somente nos dinossauros. Temos peças fabricadas em fibra em praças de toda a cidade. Cavalinhos, bonecos, escorregadeiras e tantos outros elementos que dão vida à cidade. Em breve teremos ainda mais novidades”, finalizou.