Loja Ateliê Jurgenfeld insinua que denunciar homofobia é barbárie e ‘heterofobia’

Um casal de São Paulo denunciou um caso de homofobia depois que o o ateliê Jurgenfeld, uma loja de papelaria, recusou-se a criar convites para um casamento homossexual citando princípios cristãos. Henrique Nascimento e Wagner Soares, que estão juntos há mais de oito anos, planejavam celebrar formalmente seu casamento 2025. O crime ocorreu quando o casal entrou em contato com o ateliê via WhatsApp para solicitar um orçamento para os convites. Após enviarem referências de modelos de convites, a loja aconselhou-os a procurar outro estabelecimento que pudesse atender às suas necessidades, já que a empresa não faz “convites homossexuais”.

Os dois registraram um boletim de ocorrência acusando a loja de homofobia. Eles também expressaram sua decepção e tristeza nas redes sociais, destacando como o preconceito ainda persiste na sociedade. Em resposta, a loja publicou uma nota defendendo sua postura e mencionou a existência de “heterofobia” como justificativa para as críticas que recebeu, mas não explicou de que forma os heterossexuais sofrem preconceito. Além disso, em um vídeo publicado no Instagram, os proprietários do ateliê reiteraram sua posição, argumentando que estão sendo rotulados como homofóbicos por manterem suas crenças religiosas. O estado brasileiro, entretanto, é laico, o que significa que nenhuma religião está acima das leis contra racismo e homofobia.

Após o ataque homofóbico, a loja impediu novos comentários em suas redes sociais. O site da empresa está fora do ar.