MBL (BA) explica por que se omitiu das manifestações contra Bolsonaro

O coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL) na Bahia, Siqueira Júnior (PSDB), defendeu a decisão de alguns setores da direita brasileira de não ir às ruas pedir impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido), apesar do posicionamento contrário ao presidente. “Ainda não é o momento por causa da pandemia, acho muito cedo para organizar atos”, disse ao BNews.

Durante a tarde deste sábado (3), milhares de pessoas foram às ruas de dezenas de capitais pedir a saída de Bolsonaro do cargo. Em Salvador, os manifestantes percorreram o trecho entre a Praça 2 de Julho e o Farol da Barra com trios elétricos, bandeiras e cartazes.

“Se formos pra rua vamos contra tudo que defendemos. A má gestão do governo federal está justamente associada às aglomerações que o presidente faz sempre. A gente não pode criticar uma coisa e fazer igual”, avaliou Siqueira.

Siqueira, que é de extrema-direita mas se diz de centro-direita, é a favor de ir às ruas protestar quando a imunização contra covid-19 no Brasil estiver avançada. O coordenador do MBL Bahia critica a defesa de outras bandeiras pela esquerda em meio às manifestações pelo impeachment.

“Não vamos pra rua com a esquerda levantando bandeira para Lula ser eleito em 2022. Não vamos fazer campanha política. Queremos que Bolsonaro seja julgado pelos crimes que cometeu na condução do governo”, disse.

O coordenador do MBL adianta que o grupo vai promover ações mais modestas na próxima semana, como instalação de faixas em passarelas de Salvador e “buzinaços”.

*Com informações do BNews

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