
Ruptura entre Trump e Musk: de aliados a adversários em confronto público
5 de Junho, 2025A relação entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o empresário Elon Musk sofreu uma reviravolta dramática nesta quinta-feira (5), transformando-se em um embate público repleto de acusações e ameaças. O estopim foi a crítica de Musk ao novo projeto de lei fiscal proposto por Trump, que elimina subsídios para veículos elétricos e energia limpa, medidas que impactam diretamente as empresas do bilionário, como Tesla e SpaceX.
Em resposta às críticas, Trump expressou sua decepção com Musk e ameaçou rescindir contratos governamentais com suas empresas, incluindo acordos bilionários com a NASA e o Departamento de Defesa . O presidente afirmou que a revogação desses contratos seria uma forma eficaz de economizar bilhões de dólares no orçamento federal.
Musk, por sua vez, rebateu as declarações de Trump, acusando-o de ingratidão e sugerindo que, sem seu apoio financeiro e político, o republicano não teria vencido as eleições de 2024. O empresário também insinuou que Trump estaria envolvido nos escândalos relacionados a Jeffrey Epstein, alegando que o presidente figura nos arquivos não divulgados do caso .
A disputa teve repercussões imediatas no mercado financeiro. As ações da Tesla caíram cerca de 14%, resultando em uma perda de aproximadamente US$ 150 bilhões em valor de mercado . Além disso, Musk anunciou a desativação das cápsulas Dragon da SpaceX, utilizadas pela NASA para transporte de astronautas, como forma de protesto contra as ameaças de Trump.
Este confronto marca uma ruptura significativa entre duas das figuras mais influentes dos Estados Unidos, com potenciais implicações políticas e econômicas de longo alcance. A escalada das tensões evidencia as complexidades das relações entre o setor privado e o governo, especialmente quando interesses divergentes entram em conflito.
A ameaça de Trump de cortar subsídios e contratos governamentais com as empresas de Musk levanta preocupações sobre o uso de recursos públicos com base em relações pessoais, em vez de políticas públicas fundamentadas. Essa postura sugere uma abordagem personalista na administração do Tesouro americano, onde decisões financeiras significativas podem ser influenciadas por desavenças pessoais, comprometendo a imparcialidade e a eficácia da gestão pública.
Imagem: Casa Branca