TV francesa exibe com exclusividade o espetáculo baiano “A Ópera dos Terreiros”
26 de Março, 2024Dia 26 de março, terça-feira, às 21 horas, horário de Paris, estreia na TV aberta francesa France Télévisions – France4/CultureBox , “A Ópera dos Terreiros”, filmada em outubro em Salvador por equipes francesas dirigidas por três cineastas, durante a ocupação artística “Salvador em Ópera”, que foi realizada no Espaço Cultural da Barroquinha pelo Núcleo de Ópera da Bahia (NOP). O espetáculo tem música Aldo Brizzi e libreto de Aldo Brizzi e Jorge Portugal. Les Cercles Sacrés (Os Círculos Sagrados) foi a tradução escolhida pela France Télévisions para o título original “A Ópera dos Terreiros”. O espetáculo foi selecionado para o marco da Olympiades Culturais, ligadas aos Jogos Olímpicos de Paris, e será exibido no canal cultural aberto de mais sucesso da Europa. Quem tiver acesso ao VPN poderá assistir do Brasil às 17h do dia 26. Logo em seguida também será exibida no canal francês a ópera “Amor Azul, de Gilberto Gil de Aldo Brizzi, gravada na França em 2023. Assim duas óperas brasileiras, produzidas na Bahia, ocuparão a programação de uma importante TV francesa por quase cinco horas.
Mais informações em https://olympiade-culturelle.paris2024.org/
Romeu e Julieta negros – A “Ópera dos Terreiros” é uma produção do Núcleo de Ópera da Bahia (NOP) que trata de aspectos e dimensões da cultura afro-brasileira, explorando as múltiplas linguagens que abrangem a arte contemporânea: a vida cotidiana atual e as tradições e raízes do povo africano, que foi trazido escravizado para o Brasil no período da colonização.
O espetáculo conta uma história de amor entre um negro banto e uma negra nagô – Um Romeu e Julieta na história dos negros que vieram escravizados para a conturbada construção do Brasil – um amor proibido, devido às diferenças de crenças e costumes entre essas duas nações africanas.
A música passeia pelos sons da afro descendência, misturando canto lírico, percussão afro-brasileira e eletrônica. Uma mescla da cultura da música erudita com a cultura afro-brasileira, como uma nova forma de ópera lírica e popular, uma concepção não tradicional dentro do universo operístico. Uma ópera em português com quatro cenas e duração de 90 minutos.